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A praia que já entrou para a lista das mais belas do mundo mereceu o título e não foi por acaso.


Jericoacoara atende muito bem o conceito de paraíso. Embora isso não seja mais uma novidade para os turistas, a vila ainda mantém ares rústicos e tranquilos; a agitação mesmo fica por conta do burburinho no centro com lojas bacanas.

Um lugar onde carros são proibidos você já pode imaginar qual é a vibe que rola por ali. E se a cidade oferece o conforto das pousadas e a boa comida dos restaurantes, a noite a diversão fica por conta dos bares e do agitado centrinho, bem no estilo vila praiana.

Se tiver contato com os nativos você vai aprender duas coisas – duas coisas ou mais. A primeira delas é que ali todo mundo se arruma das Havaianas para cima e a segunda, é que duna se conhece pelo nome, ainda que esteja cercado por dezenas delas.

Durante o dia o cardápio de atrações é vasto e atrai milhares de pessoas todos os anos. Se de março a junho a vila fica mais tranquila, de julho a dezembro a temporada dos ventos começa e centenas de wind e kitesurfistas do mundo inteiro se reúnem na Praia do Preá, considerada o ápice da perfeição para a prática, com ventos fortíssimos. 

Contudo, essa é apenas uma pincelada do que Jeri oferece. Os passeios de buggy, o clássico por aqui, tem inúmeros roteiros e cada um com uma pegada diferente. O Off testou os dois passeios mais procurados pela região e conta em detalhes como foi.

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É clássico em Jericoacoara

Se Jeri fosse um jogo de palavras logo notaria que a descrição de cada cantinho já carrega um gostinho de “não vejo a hora de conhecer esse paraíso”. Dúvida? É rede que se espalha pelas águas cristalinas, pôr do sol que se exibe de forma desavergonhada nas dunas da praia, vilarejos soterrados pela areia e muito mais. Conheça o tem que ter no seu roteiro de viagem – experiências que farão a sua passagem por Jeri ser inesquecível.

* Muitas agências de turismo e bugueiros na cidade tem acordos com as pousadas e hotéis, por isso, ao fazer a sua reserva solicite informações a respeito dos roteiros pela região. 

Praia de Tatajuba

Mangue, Vilarejo, Dunas e Lagoa

Duração: 5 horas

O Roteiro:

Praia de Mangue Seco

Travessia em balsas improvisadas pelo Rio Guriú até a Praia de Mangue Seco, onde, dizem, é possível ver cavalos marinhos; o risco de não encontrar nenhum é grande ou, segundo relatos de viajantes, ver em alguma vasilha é quase certo. Custa 10 reais e dura 20 minutos.

Histórias de Tatajuba

Um vilarejo de pescadores que foi soterrado pelas dunas. Do outro lado, onde a nova vila foi construída, uma enfeitada senhora narra os acontecimentos a uma velocidade espantosa, sorte de quem conseguir entender alguma coisa. A casinha de taipa vende refrigerantes e água; ao lado, luminárias feitas a partir de escamas de peixe e conchas gigantes são vendidas no local. Um jerico fica à espera do próximo viajante para montá-lo – é a foto do ano que está para acontecer. 

 Skibunda pela Duna do Funil 

A descida custa 10,00 reais em uma duna de 60 metros. Bom para descer, nem tanto para subir. 

 Passeio pelas dunas de buggy

O trajeto até a Lagoa da Torta, onde várias barracas servem pescados frescos. Destaque para a barraca do Didi. As redes dispostas dentro da lagoa garantem a sesta depois do almoço.

 Retorno pela praia de Tatajuba

Grupos de windsurf se espalham em bandos preparando suas velas para a prática na Praia do Preá. 

Lagoa Azul 

Pedra Furada, Lagoa Paraíso, Lagoa azul

Duração: 5 horas

O Roteiro:

Parada para o cartão postal de Jeri a Pedra Furada. 

Lagoa Paraíso 

simplesmente imperdível. Os quiosques espalhados pela praia servem ótimos petiscos e cerveja gelada. O lugar faz jus ao nome; as redes se espalham pela água cristalina e o ápice da perfeição se transforma nesse momento.

Lagoa azul

Do outro lado, a lagoa azul é menos disputada e é tão linda quanto a vizinha.

O restaurante e as redes também fazem graça por lá. 

Tem lagoa com paraíso no nome e pôr do sol que se exibe de forma desavergonhada. O único trabalho que terá em Jeri é escolher a cor da havaina no pé. 

Pôr do Sol

Top experiência!

Mais sossego, por favor! 

Sim, parece que os olhos se voltaram para o rústico do Brasil. E se encanta a nós brazucas imagine o que não causa no povo que vem lá de fora. Perceberá isso na pousada que reservar ou no restaurante que escolher – a maioria, com sotaque sofrido do nosso português. Não adianta, os gringos já nos descobriram e se não são donos de algum estabelecimento na vila são turistas em busca do sonho tropical. Contudo, ainda existe paz em meio aos roteiros badalados. Dois roteiros que fogem dos clássicos passeios de buggy – o primeiro até a Lagoa Formosa e Pinguela, frequentada por nativos e com água tão cristalina quanto da Lagoa Azul, só que mais tranquila. O outro trajeto é até Icaraí de Amontada, esse passeio dura o dia inteiro e fica a 90Km de Jeri – encontrará cataventos e um mar verde claro cheio de barquinhos a vela. 

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Para chegar em Jericoacoara

De carro convencional:

– Partindo de Fortaleza, são 280 km percorridos pela CE-085, até a cidade de Jijoca de Jericoacoara; de Teresina, são 427 km pelas BRs-343, 222 e CE-311. Chegando em Jijoca, surge a principal dúvida que normalmente acomete os viajantes: sigo de carro até a Vila de Jericoacoara ou deixo na cidade e utilizo outro meio para chegar? Diversos guias locais irão informar que é “tranquilo” seguir com o carro, é só pagar uma taxa e ele te levará até o estacionamento do local. Porém isso envolve murchar os pneus, percorrer 20 km por meio de estradas de areia e dunas e, no final, deixar seu carro em um estacionamento na areia, a céu aberto, com o carro torrando no sol. E o pior pode acontecer, seu carro atolar na areia, fato não raro entre viajantes que resolveram ir até Jeri com carro próprio. 

– A outra opção é deixar seu carro no estacionamento de Jijoca, coberto, com segurança e controle de acesso, e de lá pegar um outro meio de transporte para chegar até a Vila. De Jijoca até a Vila são várias as opções de transporte: para os mais abonados e que gostam de privacidade, caminhonetes cabine dupla L-200 e Hilux oferecem a viagem, cobrando preços elevados, mas te deixando praticamente na porta do seu hotel/pousada, sem necessidade de aguardar horários definidos para sua saída. Uma segunda a opção é utilizar os serviços das caminhonetes D-20, as quais fazem o trajeto Jijoca-Vila sempre que lotam o veículo. Esta opção, embora não seja privativa, permite saídas com uma frequência relativamente grande, com um custo bem inferior.

– Uma terceira opção é a viagem na famosa Jardineira, um caminhão com a carroceria transformada em ônibus, com as laterais abertas. Trata-se da opção mais em conta, além de possibilitar apreciar a paisagem de forma mais plena, livre, porém com horários de saída e pontos de parada definidos.

De ônibus:

Existem ônibus que fazem o percurso Fortaleza/Jijoca de Jericoacoara. Chegando em Jijoca, as mesmas opções de transporte descritas acima podem ser utilizadas (Hilux, D-20 e Jardineira) para se chegar na Vila.

De 4×4:

Uma possibilidade bastante interessante é chegar à Vila de Jericoacoara via rota das emoções (leia mais no quadro destaque em Lençois Maranhenses), partindo dos Lençóis Maranhenses. Este passeio, que pode durar vários dias, à gosto do viajante, passa pelas lindas paisagens dos Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba até chegar à Vila de Jericoacoara. Várias empresas oferecem este serviço.

Rota das Emoções 

Quer mais aventura? Para quem está nos Lençóis Maranhenses (ou em Jericoacoara), uma ótima opção para se aprofundar nas belezas da região é realizar a Rota das Emoções.

jericoacoara

No percurso de aproximadamente 360 km por entre dunas, rios e praias intocadas, você irá conhecer os Pequenos e Grandes Lençóis, o Delta do Parnaíba e Jericoacoara. Realizado por veículos 4×4 de empresas especializadas, a viagem inclui longos trechos entre dunas, na areia das praias e cruzando rios com água quase até a porta. Por estes motivos, não arrisque a viagem com veículo próprio, pois muitos locais somente devem ser percorridos durante condições específicas das marés, e a areia é tão fofa que até os próprios guias atolam seus veículos com frequência. Porém planeje a viagem com antecedência, pois mesmo o passeio “express” na Rota das Emoções leva 6 dias para ser percorrido, e um passeio completo pode levar até 14 dias para ser vencido! Como é realizado em veículos 4×4 convencionais (de 4 a 11 passageiros), você poderá negociar uma viagem personalizada, parando mais tempo nos pontos de seu interesse.