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Os diferentes tons de verde nas lagoas fazem do Parque Nacional uma das melhores experiências do Estado e do país.


Caminhar pelas areias frias dos Lençóis Maranhenses em um cenário desértico oferece um mix de sentimentos (bons com certeza!) que enriquecerão o seu repertório de vida.

E começa pelo trajeto, uma aventura vivida a bordo de um 4×4 entre solavancos, vilarejos e areia, muita areia.

A pequena cidade de Barreirinhas é o ponto de partida e com melhor estrutura para quem segue até os Lençóis Maranhenses. De lá, é preciso fazer a travessia de balsa até a entrada do Parque Nacional para, daí sim, seguir caminho até as dunas.

São 12 Km, percorridos em estrada de areia fina com muita paciência, determinação e uma leve preocupação com o estado de saúde da sua coluna (quem sofre dela deve considerar os prós e contras). E durante esse trajeto tem muita coisa acontecendo que vale a pena ficar atento.

O cotidiano peculiar das vilas sem energia elétrica, uma vida coberta por areia e nada mais mostra como o ser humano é adaptável para viver em qualquer condição. O sorriso no rosto dos moradores mostra que menos muitas vezes é mais. Cinquenta minutos depois as imensas dunas começam a despontar no horizonte. A rota pela Lagoa Azul é a mais procurada e a caminhada por ela dura entre 25 a 40 minutos, passando pelas Lagoas da Preguiça, Esmeralda, Azul, da Paz e do Peixe. A única perene, ou seja, tem água o ano todo é a lagoa do Peixe. O pôr do sol com tons absurdamente alaranjados fica encarregado de fechar com chave de ouro o passeio. 

Lagoas cheias ​nos Lençóis Maranhenses

O período acontece entre março e setembro, variando de acordo com o início e volume de chuvas a cada ano. Melhor mesmo é entrar em contato com as agências de turismo local para saber como anda o clima por lá.

O grande deserto de dunas  é cortado por lagoas de águas doces e cristalinas. Mas vá além, conheça as “estradas” sinuosas no Rio Preguiça e o cotidiano dos vilarejos pelo caminho. 

Photos: Offtotravel / Bigstock

Os caminhos são tantos que fica fácil se perder ou mesmo atolar por ali, por isso a contratação de guias é tão necessária. As agências locais oferecem pacotes em grupo ou particular com guias e motoristas credenciados. Para veículos particulares é preciso autorização da administração do parque. Motos e quadriciclos não são permitidos.

Barreirinhas

A pequena e rústica cidade é a principal porta de entrada para os Lençóis Maranhenses. E é de longe que os incansáveis guias turísticos avistam os carros de viajantes; de capacete e montados em suas motos a “perseguição” é implacável.  

Sendo assim, a dica mor está no roteiro previamente agendado por agências ou ainda, pelos guias e roteiros indicados pelas pousadas e hotéis da cidade.

Avisados quanto ao modus operandi dos guias turísticos locais vamos até o cardápio de atrações. Via de regra, a cidade serve como base de hospedagem e saída para os inúmeros passeios pela região.

E é entre um mix de caos e falta de regras de trânsito que a cidade acontece. As avenidas Beira Rio e Joaquim Soeiro de Carvalho concentram boa parte (ou tudo) que interessa ao viajante.  A cidade a beira do Rio Preguiças renderá uma tarde de cultura regional em tom tímido e sabores da terra.  De frente para o deck, na Beira Rio tem bons restaurantes a preços bem camaradas; não perca a entradinha de pastel de carne com geleia de abacaxi com pimenta do restaurante Canoa. Por ali tem lojinhas de artesanato com bolsas, toalhas, chapéus e tudo o que imaginar feitos da palha do buriti e fibra de coco, souvenir muito comum por essas bandas. O sorvete de fim de tarde fica por conta dos sabores locais como murici, sapoti, açaí (juçara), buriti e tapioca.  

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Além dos Lençóis Maranhenses…

O roteiro pelo Rio Preguiças é oferecido pelas agências locais e o segundo mais procurado pela região.  A voadeira percorre “ruas” sinuosas das águas do Rio Preguiça em meio a vegetação densa de jussaras, mangues e igarapés. Na primeira parada está Vassouras, conhecida pelos pequenos lençóis, um bar improvisado e macacos que são alimentados pelos turistas que passam por ali. Próxima parada fica Mandacaru, com um farol de 35 metros, um imenso cajueiro e guias mirins com roteiros decorados que dá gosto de ver. E por fim, Caburé – a praia que está entre o rio e o mar, com casas de palha abandonadas e um restaurante que além da boa comida típica oferece chuveiro e redes para seus clientes. 

Famosa entre os viajantes estrangeiros o trekking entre Atins e Santo Amaro leva quatro dias e exige preparo fisíco e roteiro determinado por agências, já que é muito fácil se perder pelos inúmeros caminhos entre as dunas. Atins e Santo Amaro do Maranhão são cidades base para conhecer os lados leste e oeste do parque, não tão famosas entre os grupos de turistas brasileiros quanto Barrerinhas. Contudo, as vantagens são as lagoas quase exclusivas e dunas ainda mais altas, o preço porém é cobrado na infraestrutura ainda mais rústica que Barreirinhas.  

Rota das Emoções 

Quer mais aventura? Para quem está nos Lençóis Maranhenses (ou em Jericoacoara), uma ótima opção para se aprofundar nas belezas da região é realizar a Rota das Emoções.

off road

Em 360 km por entre dunas, rios e praias intocadas, você irá conhecer os Pequenos e Grandes Lençóis, o Delta do Parnaíba e Jericoacoara.

Realizado por veículos 4×4, a viagem inclui longos trechos entre dunas, na areia das praias e cruzando rios com água quase até a porta. Por estes motivos, não arrisque a viagem com veículo próprio, pois muitos locais somente devem ser percorridos durante condições específicas das marés, e a areia é tão fofa que até os próprios guias atolam seus veículos com frequência.

Porém planeje a viagem com antecedência, pois mesmo o passeio “express” na Rota das Emoções leva 6 dias para ser percorrido, e um passeio completo pode levar até 14 dias para ser vencido! Como é realizado em veículos 4×4 convencionais (de 4 a 11 passageiros), você poderá negociar uma viagem personalizada, parando mais tempo nos pontos de seu interesse. 


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