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Onde os clichês tomam formas e se apresentam em tons coloridos nos campos floridos e nas casinhas tipicamente alpinas. 


Suíça, um país sinônimo de perfeição. Aqui, quando não é lindo é de cair o queixo. Sem meio termo. Assim, preto no branco, ou melhor, no colorido das flores nos beirais das casinhas em meio a campos verdes e vaquinhas pastando. Clichê? Muito! Mas quem se importa. Bom saber que o mundo dos vilarejos suíços tem continuidade.

Se está passeando pelo país ou pretende visita-lo construa seu roteiro de forma que possa ficar livre. Livre para vagar pelas ruas suíças sem saber exatamente onde está; livre para alugar um carro e fazer a sua road trip – algo que certamente aumentará seu repertório de histórias incríveis e muitas fotos do tipo cartão postal na bagagem. E finalmente, livre para conhecer os vilarejos que costumam ficar longe dos roteiros turísticos badalados.

Incluir no roteiro pelo menos um vilarejo suíço é sucesso, tranquilidade, sofisticação e mais uma centena de adjetivos que não farão jus ao que irá conhecer.

E nos vilarejos suíços tem de tudo,  de delícias gastronômicas como a tríade da felicidade – fondue, rösti e raclet servido com refrigerante de soro do leite, o Rivella (experimente!) a trens com destino a montanhas nevadas. Há também uma lista infindável de atividades ao ar livre como trekking, ciclismo, parapente e tantas outras. 

E para aqueles que estão desbravando o lado sul do país, três regiões merecem destaque –  Berna, Valais e Grisões. Berço dos modelos das capas de revista, entre Jungfraujoch, Materhorn e Saint Moritz, o trajeto é marcado por vilarejos em meio a montanhas e muita vida ao ar livre. 

Leia mais sobre a subida de trem ao Jungfraujoch em  Jungfrajoch – O pico cinematográfico da Europa. 

Em Jungfraujoch existem dois vilarejos suíços que merecem destaque – Lauterbrunnem e Grindelwald 

Vialarejos suíços

Lauterbrunnen 

Lauterbrunnen, um vilarejo situado aos pés do Jungfraujoch, se apresenta entre paredões de pedras e cascatas, algo muito próximo de Valfenda da trilogia Senhor dos Anéis e o paraíso. O estilo de vida despreocupado dos moradores da minúscula vila e o visual pitoresco valerão a visita. 

vilarejos suíços
A pequena “Valfenda” de J.R.R. Tolkien está muito bem representada pelo vilarejo Lauterbrunnen.

Grindelwald 

Do outro lado da montanha Männlichen está Grindelwald, uma comuna com pouco mais de 4 mil sortudos habitantes e muitos cenários a la quebra cabeça da Grow. Está localizado aos pés da montanha Eiger e é também uma opção para quem está a caminho do Jungfraujoch e quer conhecer o vilarejo. 

vilarejos suíços
Vista a partir da estação Kleine Scheidegg. Photo: Offtotravel.

A dica é conhecer um vilarejo na subida, Lauterbrunnen por exemplo, e Grindelwald na descida. O contrário também funciona, e nesse caso não altera em nada o visual alpino e encantador das vilas suíças. Em ambas as cidades você poderá sair da estação e fazer um passeio pela região, sem necessidade de comprar uma nova passagem, o que é fortemente recomendado, tendo em vista a beleza das mesmas. Na sequência, aos pés da montanha, fica a estação de Kleine Scheidegg. Se estiver com tempo, não desperdice a chance de realizar um trekking pelos arredores desta estação, como a trilha Jungfrau-Eiger e uma visita ao lago alpino Fallbodensee.

Zermatt

Já para quem tem como destino o emblemático pico Matterhorn, símbolo do país, Zermatt é a porta de entrada. Com mais da metade da população formada por portugueses, certamente pensaria estar em algum lugar em Portugal se não fosse o esteriótipo alpino denunciando a vila suíça. Caminhar por ela é estar na companhia do pico Matterhorn o tempo inteiro; da praça japonesa é possível fotografa-lo, e espreguiçadeiras se encarregarão do doce prazer de não fazer nada, algo típico produzido pelas paisagens do país. 

vilarejos suíços
A cidade iluminada de Zermatt com o ícone Matterhorn ao fundo.

Entretanto, se quiser ficar hospedado na região mas não quer pagar os altos preços cobrados por Zermatt, uma opção é ficar hospedado nos vilarejos situados no vale do Rio Matter Vispa, como Randa, Täsch e Sankt Niklaus. Como veículos não são permitidos em Zermatt, estas opções não representam um grande problema em termos de planejamento, pois o trem passa por todas elas. 

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Preços baixos fazem de Randa uma boa opção para se hospedar enquanto estiver na região. Photo: Off to Travel ©

Trem para Matterhorn 

O ícone suíço, também chamado de Cervino (italiano) ou Le Cervin (francês), é marca registrada em diversas ilustrações de empresas do país, como nos chocolates da marca suíça Toblerone, por exemplo.

O famoso pico pode ser visto logo que chegar em Zermatt e estará lá, em cada ângulo que apontar a sua câmera. Mas a grande vista só é possível se estiver a bordo do Gornergrat Bahn. O trem maravilha te leva ao topo em uma viagem de 33 minutos e muitos motivos para  fotografar pelo caminho. Pelo trajeto, hotéis e restaurantes servem as centenas de turistas que chegam para apreciar as paisagens da região. O complexo conta com banheiros, loja de souvenir e restaurantes, e o mirante é acessível durante todo o ano.

O ticket pode ser comprado na hora ou antecipadamente pelo site oficial – Gornergrat Bahn 

Photo of the year 

Para tirar a famosa foto com o lago na frente do pico Matterhorn, desça na estação Rotenboden, a penúltima do trajeto. Nela há caminhos para fazer trekking e as paisagens são de tirar o folego. Depois retorne no próximo trem para Zermatt sem custo adicional. 

A estação Rotenboden guarda muitas belezas naturais.

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Saint Moritz 

O caminho de Lauterbrunnen até Saint Moritz dura 4 horas – passará por Lucerna e Interlaken, duas cidades que são must have no roteiro pela região.

Quando chegar a Saint Moritz perceberá que a organização e sofisticação são qualidades facilmente superadas em algumas cidades do país.  

Algumas se destacam por alcançar níveis de qualidade muito além do imaginado e Saint Moritz é um exemplo. Em uma rápida passagem pela Via Serlas verá lojas de estilistas renomados e uma rua com carros estacionados como se estivessem em uma concessionária de luxo.  

A cidade classe A da Suíça.

Mas nem só de glamour vive a cidade. Com um pouco mais de 5.000 habitantes e aninhada entre montanhas, as modalidades de esportes ao ar livre são bastante conhecidas na região, tanto que se tornou o centro internacional de treinamento de triátlon. Desta forma, a cidade oferece a oportunidade de praticar inúmeros esportes, tanto no inverno quanto no verão, de Kitesurf/Snowkiten à trilhas de bicicletas pelas montanhas. Mas, se quer algo mais light, talvez as águas quentes e relaxantes dos spas da cidade sejam uma boa pedida. Motivos para se sentir bem e vip não irão faltar.

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Se está de carro, não perca a oportunidade!

Se estiver com tempo e gostar de dirigir, as autobahns não são a melhor opção. Escolha as vias menores que serpenteiam os Alpes, onde você terá uma experiência indescritível ao volante, dirigindo por entre picos nevados e vales escarpados. Recomendo Furka Pass, Grimsel Pass, Gotthard Pass, Oberalp Pass e Simplon Pass; porém é importante saber das condições antes viajar, pois a maioria deles somente permanece aberto durante poucos meses no verão. Mais informações: http://www.myswissalps.com/car/trafficinfo

Grimsell Pass é o must have na sua road trip pelo país. Photo: Offtotravel.

Veja>>>>> Passos Suíços – as estradas cinematográficas da Suíça